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Fobia social: você sabe o que é?

Todo mundo sabe como a timidez pode afetar nossas vidas negativamente, sendo a responsável por nos atrapalhar tanto nas áreas pessoais quanto nas profissionais.

Seja quando o assunto é conhecer novas pessoas, fazer amigos, convidar alguém para um encontro, realizar uma apresentação importante ou mesmo se sair bem em uma entrevista de emprego, a verdade é que a timidez é uma grande vilã quando apresentada em demasia.

Gagueira, rubor, suor excessivo na palma das mãos, tremedeira e uma extrema sensação de desconforto são somente alguns dos sintomas apresentados por quem sofre disso.

No entanto, você sabia que existe um estágio ainda mais avançado – e perigoso – da timidez? É o que conhecemos como fobia social.

O medo de socializar

Também conhecida pelo termo transtorno de ansiedade social, esse tipo de fobia, como é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), consiste em um tipo de timidez patológica caracterizada pelo medo de socializar.

A fobia social, em sua essência, atua como a timidez comum, entretanto, esse tipo de patologia possui efeitos mais intensos e, consequentemente, mais danosos a longo prazo.

Basicamente, pessoas que apresentam fobia social possuem o medo de serem observados constantemente por outros, experiência tortuosa e capaz de tornar qualquer tipo de interação social em um verdadeiro pesadelo.

Pessoas com fobia social tentam evitar todo e qualquer contato com o mundo exterior, visto que o transtorno faz com que elas se sintam embaixo de um holofote 24 horas por dia e 7 dias por semana.

Essa sensação de ser o centro das atenções é a responsável por deixá-las ansiosas e preocupadas com o modo com que as outras pessoas e o mundo de forma geral as percebem.

Aos poucos essas pessoas começam a se fechar, a se calar e a interagir o mínimo possível, pois dessa forma elas acham que não vão atrair olhares, comentários e muito menos a atenção daqueles que as cercam, claro, se essa pessoa ainda se atrever a sair de sua própria casa.

Vivendo em seu próprio mundo

Vivemos em uma sociedade onde a exposição, mais do que incentivada, tem se tornado quase que obrigatória.

A socialização é sim importante, mas a comoção gerada em torno disso é o que tem causado uma enorme pressão sobre aqueles que não possuem muitas habilidades na área.

O sucesso e a felicidade são sempre relacionados a pessoas extrovertidas e eloquentes, fator que acaba criando um padrão que pode parecer inalcançável para quem possui o perfil oposto.

Aqueles que possuem fobia social acabam por se tornar pessoas desesperançosas e completamente frustradas, sendo que além de ter de conviver com essa condição desconfortável, também precisam encarar uma sociedade que não se mostra nem um pouco favorável a elas.

O devido tratamento

Existe uma série de tratamentos e métodos que prometem curar uma pessoa que sofre com a condição, até mesmo profissionais da área da saúde têm alertado sobre uma prática da psiquiatria atual que vem tentado tratar o transtorno à base de medicamentos.

Contudo, esse método não deve ser seguido e muito menos incentivado, considerando a própria natureza do problema.

Diferente de outras patologias, a fobia social pode ser considerada como uma coisa natural do ser humano, afinal, ela está relacionada com um sentimento e comportamento que nos acompanha desde sempre: a vergonha.

Quem nunca sentiu vergonha em falar em público? Em cometer uma gafe na rua? Ou mesmo em puxar assunto e manter uma conversa com um desconhecido?

O que acontece é que algumas pessoas são menos propensas a isso, enquanto outras apresentam essa condição em um nível tão elevado que ela extrapola as condições da mera “vergonha”, transformando-se em algo negativo e potencialmente perigoso.

Entender o problema é crucial para lidar com o mesmo

A partir da vergonha se forma o desconforto e com isso surge a sensação de que se está sempre sendo observado, ou pior, a de que está sempre incomodando.

Pessoas com esse perfil geralmente possuem baixa-autoestima, fator que as fazem tremer de nervosismo somente em pensar em receber uma crítica ou um olhar de desaprovação.

Compreender que você não é o centro do universo e de que está tudo bem em errar é fundamental para começar a lidar com esse problema que, se você deixar, pode e vai isolá-lo em uma bolha social.

Na realidade, chega a ser curioso que uma das principais causas do transtorno provém da sensação de que estamos sendo observados o tempo todo, sendo que um dos maiores problemas da sociedade atual é justamente o fato de ninguém prestar atenção em ninguém.